Chego à Siria pela Turquia, depois do controlo das fronteiras e de pagar o visto (25€ por pessoa válido para 15 dias) sigo para Aleppo a segunda cidade mais importante da Síria o autocarro em que venho (deste capadócia) deixa-me à entrada da cidade.. Por pouco que goste sou obrigada a apanhar um taxi para o centro, aleppo é enorme nunca chegaria ao centro, não tenho siria pounds e tento negociar com o taxista pede-me 4usd para me deixar no hotel que reservei ontem pelo Syriahostels.com, sei que é demasiado para o sitio que estou mas concordo, digo que só tenho Euros, no problemo.
Dá imensas voltas mas não me importo como já concordamos o preço assim conheço um pouco mais da cidade, faz uma chamada diz que têm duas alemas no taski, fala com um amigo que fala ingles e passa-me o telefone, não sabe onde fica o meu hotel, o do telefone diz-me que vai ter que ficar mais caro porque ele já deu muitas voltas e não sabe onde fica o hotel. Pago 600siria pounds, 6€, já ganhou o dia, sou sempre enganada nos taxis e ainda agradeço, sei que precisa mais do que eu e não é nada que não fazem no meu pais.
Deixa-me na recepção do hotel que fica no primeiro andar numa das ruas mais movimentadas de allepo (sim o taxista) fez questão apesar de eu dizer que não valia a pena.
O dono do hotel recebe-me com um Welcome to Aleppo e um chá, deixo as malas no quarto e saio para conhecer a cidade que nunca tinha ouvido falar à dois dias atrás, só fico uma noite é suficiente amanha sigo para Palmyra, o ponto forte de Aleppo é a Citadela e e os vários mercados tipicos.
Citadela é o centro da cidade vale a pena fazer uma paragem nesta cidade só para a visitar, ainda não conheço Itália mas acho que posso dizer que a Citadela está para Aleppo como o Coliseu está para Roma, estou no topo da torre mais alta da citadela e contar minaretes aqui é como contar estrelas numa noite estrelada numa ilha da tailândia.
Os mercados vendem de tudo e cada um vende a sua coisa, como um docinho de yogurte e frutos secos optimo que custa apenas 75SP, é isto que me assusta é ao comer estas coisas que percebo que as coisas no meu pais cada vez têm menos sabor e menos cheiro, encontramos barracas só a vender ovos, sabão, carne, sumos, bananas, kebabs, e todos vendem, nunca vi nenhum conflito muito pelo contrário sinto que são muito amigos uns dos outros.
Tambem posso definir os mercados como um scary movie para vegetarianos têm os corpos dos animais pendurados como se maças numa macieira se tratasse, vejo o pescoço de um camelo cortado ao meio, vacas, patas dos animais numa bandeja os orgãos noutra, bexigas e figados de vaca, não me agrada, o cheiro dos animais acabados de matar dá-me vómitos, isto acontece todos os dias desde sempre nos mercados de Aleppo.
O trânsito é caótico as passadeiras (quais passadeiras?) os sitios onde se atravessa são um perigo, os carros não respeitam os peões, e os peões não têm medo dos carros, acho incrivel as atitudes dos muidos, atravessam melhor que eu, chego a ver uma miuda que não tinha mais que 6 anos a vender águas no meio dos carros, passava de um para outro como se tivesse num jardim, os muidos daqui são super desenrascados, já tomam conta das lojas e já têm ar de homenzinhos, aqui é demais o que na Europa é de menos onde as crianças nem carregam os próprios brinquedos não se podem afastar dois metros dos papás, não se podem sujar, onde não podem ser crianças.
As pessoas são tal como na Turquia, super amaveis as vezes até de mais, passamos na rua e dizem-nos welcome to siria, where are you from? If you need any help let me be your servant.
São cerca de 9 da noite volto a passar pelo souk e volto a encontrar o rapaz que me vendeu o docinho de Yogurte com frutos secos mal me vê chama Portugal Portugal here here, oferece-me um outro docinho, aceito claro, adoro isto.
Já de noite no hotel depois de um banho tomado que ficava ao lado do meu quarto batem-me à porta, sim? how much? ah? sorry my english how much? how much what? you money money? how much money? não tou a perceber nada do que ele quer chama outro, how much you lose? We found money, it is yours? Ah I don´t think so, you sure? hmm yes..
saiu do quarto passado um bocado e voltam-me a falar do assunto dizem que acharam dinheiro na casa de banho e como são euros só pode ser nosso, epá mas eu não dei falta de nada, tell me how much you lose and I´ll give you the money.
Vou confirmar, faltava 20€ no bolso das minhas calças, twenty euros? Exactly. E dão me vinte euros para as mãos não estavam descansados enquando não dessem, agora digam-me onde é que isto acontece no nosso ocidente desenvolvido.
O que me perguntam mais aqui é se eu speak arabic, não não falo arabe mas falo a mesma lingua daqui se estivermos a falar da linguagem da verdade.
Hama
Autocarro de Aleppo para Hama, esperamos enquanto entra toda a gente, os lugares estão todos com arabes e uma vira-se para a minha mãe a perguntar se podia pegar o filho dela ao colo enquanto ela ia à casa de banho, não consigo descrever como é incrivel a confiança que estas pessoas dão a pessoas que nunca viram.
Chegamos a Hama e rapidamente queremos outro autocarro para Palmyra está a ficar de noite e não vejo grande interesse nesta cidade devia ter feito Aleppo Palmira directo, o autocarro para Hama deixa-nos no meio da auto estrada o condutor diz para descermos por ali e apanharmos um taxi, este é o problema dos autocarros daqui, deixam-nos à entrada das cidades, lá tenho que apanhar um taxi para a estação, proximo bus as 19h, são 17h tenho duas horas vou jantar num restaurante da estação, uns legumes saltiados e uma comida tipica arabe para finalizar uma fantastica sobremesa de abacate com banana e frutos secos quando pedimos a conta o empregado que nos serviu trás dois papelinhos um a dizer o valor da conta 250SP e o outro com o email dele e por baixo uma frase que ele escreveu e dizia "Your friend for ever".
Nem sei o que dizer, guardo o papel e agradeço pelo jantar, ganhei um amigo para sempre que nunca mais o volto a ver.
Chego as 23h00 a palmira como já começa a ser normal o autocarro deixa-nos à entrada da cidade, quer goste quer não sou obrigada a apanhar um taxi, não tenho hotel não marquei porque não sabia se ia dormir em hama ou palmira peço ao taxista que me leve a um hotel barato no centro, um hotel que não tenha estrelas é mesmo só para dormir, leva-me ao hotel Sun o dono é amigo dele, antes de sair dá-nos o numero de telemóvel para se quisermos amanha ir à citadela ver o nacer do sol as seis da manha lhe ligar-mos timorow call me timorow, aponto uns numeros quaisqueres para parecer interessada e digo ok timorow I call you, foi simpático mas se precisar de um táxi é o primeiro que aparecer, 1000SP por uma noite duas pessoas sei que arranjava mais barato mas não quero saber é quase meia noite e não estou em posição de regatiar aceito logo, o meu quarto têm quatro camas diz que é só para nós mas era o unico que tinha vazio, apesar de não ver movimento nenhum no hotel, não quero saber, penso em tomar um banho de agua quente no momento em que ele diz que só temos agua quente de manha, ok vou é já dormir escolho a cama encostada à parede e tiro as mantas das outras zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
Citadela Allepo
Souk allepo
O miudo que a arabe pediu para tomarmos conta no autocarro
Palmyra
Mohamed
Não acredito no dia de hoje, se me contassem não acreditava por isso não me contem porque eu não vou acreditar.
9 da manha despachar rápido para conhecer palmira, aqui o sol poem-se rápido não posso perder tempo não sei se fico uma ou duas noites, o recepcionista acaba por me convencer a ficar duas diz que fica 800SP agora com pequeno almoço, aceito assim vou logo no primeiro autocarro da manha para damasco, melhor que chegar de noite, prefiro sempre chegar de dia.
Pergunto onde é o banco, estou a ficar sem siria pounds diz-me sempre em frente quarta estrada à direita. Thanks
Uma, duas, três, quatro e cheguei ao meio do nada começo a perceber o porque de palmira ser considerada a "capital do deserto", mas ele disse quarta à direita... Olha logo trocamos ele têm os nossos passaportes não vai haver problema de pagar mais tarde, continuo e cada vez se torna mais interessante estou num pleno museu ao ar livre ao mesmo tempo percebo que é só isto e que talvez seja melhor ficar só uma noite e ir hoje ainda para damasco, mas como já estava combinado, vou andando, vejo um camelo, outro, outro, olha aquele vamos tirar uma foto com aquele.
Não chego a tirar a foto aparece o dono do camelo a perguntar se quero andar uma volta por 10euros, obrigada mas não posso, tenho que evitar estas coisas apesar de ser uma coisa unica vou passar por tantas coisas unicas..
Oferece-nos um chá a casa dele é em frente ao camelo, um jardim enorme ficamos cá fora já começa a ser normal bebermos já com desconhecidos ou "com amigos que acabamos de conhecer", sei que ficam ofendidos se não aceitarmos. Bebo o chá e voltam a encher o copo, é bom ainda não tomei o pequeno almoço, está calor, pergunto se não preferem bebidas frias com este calor, Mohament explica-me que bebidas quentes tiram a sede hmm faz sentido, bebo o chá e enchem o copo, digo que já chega não quero abuzar dizem que é tradição beber até acabar, acabo por beber uns sete, os copos são pequenos, todos bebem o mesmo que eu e quando os copos ficam vazios enchem todos e repetem "never stop until the end", mohamend diz que no final do chá me deixa andar de camelo grátis, eheh não vou dizer que não, enquanto o chá não acaba conta-me um pouco da sua vida, nasceu no deserto a 100km de palmyra, têm 25 anos, fico admirada dava-lhe quase uns 40, só têm mais cinco que eu, percebo que os ares do deserto são como os ares do mar, demasiado envelhece mais do que devia.
explica-me que a mãe queria que casasse com a filha de uma amiga dela e ele não então teve que fugir, o pai era muito rico tinha mil camelos deu-lhe cinquenta para ele estabilizar a vida, ele vendeu quarenta e sete e comprou o jardim/casa, ficou com três camelos e agora vive dos camelos, quando os turistas chegam nos autocarros ele cobra 10€ a quem quiser andar de camelo diz que é o suficiente para viver, a ele só lhe interessa comer, dormir, beber chá e andar de camelo.
subo para cima do camelo, ele tambem vêm e pergunta-me se é a primeira vez, não andei antes no dubai, dubai hmm ele nunca saiu do deserto, nunca viu o mar tal como muita gente nunca veio ao deserto.
Julguei que ia andar uns cem metros de camelo e já há quase duas horas que ando, poucos turistas nesta altura do ano não têm muito que fazer, palmira é o sonho de historiadores, antropólogos e quem goste de história, palmyra está para a Síria como a Capadócia está para a Turquia, gosto muito acabo por decidir ir só amanha para damasco.
Eu e mohamend de camelo, a minha mãe atrás de mota com o amigo do mohamend, não acredito nisto, andamos as duas de lenço parecemos que vivemos aqui, passa um autocarro cheio de turistas japoneses com máscaras na cara fartam-se de um tirar fotos, mohamend diz-me que em quinze anos de trabalho com turistas só teve dois ou três japoneses em cima do camelo e foram crianças, diz que acha que têm medo dele mas que são todos Welcome.
Vamos até uma torre onde me explica que foi criada como túmulo para os mais ricos, mostra-me ossos que estão lá desde sempre, de inicio faz-me um pouco confusão mas rapidamente mexo nos ossos como se fossem berlindes, são apenas ossos tal como os dos animais que vejo nos pratos dos restaurantes, custa-me a crer que sou isto, diz-me que há dois cranios tambem mas estão enterrados no meio dos ossos, ele mesmo os enterrou, ok tambem prefiro não os ver, chega disto, subo até o topo da torre e a vista é incrivel estou a uns trinta metros de altura e vejo palmyra inteira a vista é linda linda linda.
é assim que quero viajar com os locais a explicarem-me, não num autocarro com os vidros fechados, adoro isto, estou a gostar muito de ter vindo, é daqueles sitios que vale muito a pena vir uma vez na vida e fazer como estou a fazer da turquia ao egipto gasta-se muito menos e vê-se muito mais.
Mohamend ata as patas do camelo junto ao teatro romano e diz para subirmos na mota que vamos almoçar, agradeço e tento dizer que não, que agora seguimos só as duas como sempre, mas não nos dão hipotese, lá vamos os quatro de mota até ao city center, comemos num restaurante perto do hotel e não me deixa pagar a conta, não quero tanto disto já está a ser demais, insisto mais uma vez não tenho hipoteses, as pessoas são incriveis pagam só para estarmos com elas, oferecem-nos comida, café, chá, dormida em casa delas.
Agradeço e despeço-me deles, diz à hora do pôr do sol (16.15) nas quatro colunas? Não posso dizer que não, ok sunset time.
Dou uma volta entre as colunas acho incrivel isto é mesmo um museu ao ar livre, à sitios que fazem tanta coisa por nada, paga-se tanto e vê-se pouco e aqui tudo ao ar livre, se palmyra fosse na europa tinha de certeza tanta fama como a torre eiffel.
Passa um vendedos de tapetes, pergunta se queremos boleia até à citadela na mota dele, é normalissimo este tipo de coisas aqui, a citadela fica a 40 minutos a pé consigo vê-la daqui é sempre a subir, sim? vamos? não? sim? bora, enquanto decidimos passa de cavalo um amigo de mohamend fala com ele em arabe não percebo o que dizem. Vai embora, volta a ficar só o vendedor de tapetes, pergunta-me se conheci o mohamend do garden ahh yes, pede-me desculpa mas dessa maneira não me pode levar à citadela, diz que não quer problemas com mohamend que leva sempre imensas raparigas là a cima mas que mohamend é muito ciumento, vai-se embora derretido em desculpas.
Fico sem reação.
Mohamend é muito ciumento? mas eu tenho alguma coisa com ele?? mas quem raio é este mohamend, pouco mais à frente veem duas motas amigos do mohamend vão onde? dar uma volta.
querem boleia? oh não obrigada queremos andar a pé
venham. Não obrigada.
Depois vão ter ao jardim de mohamend? ahh talvez, não quero ir mas não posso dizer que não.
então não se esqueçam ao por do sol nas colunas. ahh ok...
Já não estou a gostar disto só andei de camelo com o outro e agora tratam-me como se tivesse comprometida com ele, bom não lhe devo nada, não lhe pedi nada, não me vai fazer nada.
Ando por ali, sentamo-nos um pouco ainda falta para o pôr do sol, apareço não apareço não tenho vontade mas é melhor como sabe em que hotel estou nunca se sabe. Olho para trás, está mohamend hirto a olhar fixamente para mim já ali devia estar a algum tempo, assusto-me, tento fazer que não se note, parece que estou num filme mas que não dá para "Turn Off" .
Senta-se ao nosso lado, age normal falamos e vemos o por do sol, tento pisgar-me já chega de mohamends.
So see you later? ohh quero descansar e tenho que ir à Internet ver os hoteis para amanha em damasco, então ás seis na Internet? ah é melhor não combinarmos nada porque não sei a que horas fico despachada e não quero falhar foi o melhor que consegui dizer, então eu espero até às sete ahh.
See you later
See you later... mais uma vez levou a melhor!
Mas não vou aparecer, chega disto ele que ande atrás dos camelos, estamos sozinhas vamos trocar dinheiro ao banco, o rapaz que está a atender oferece-nos um chá, pergunta-nos se em Portugal tambem se oferece chá nos bancos, hmm nem por isso, really? why? hmm maybe too busy. oh..
Bebemos o chá, e para fazer conversa pergunto a que horas fecha diz-me que fecha às 8pm mas que se eu quiser ele abre só para nós, really, no problemo, no comission, e se quiserem vamos comer kebabes as 8pm, estou no bank of siria pergunto-me se isto é normal.
Entram clientes e aproveito para me pisgar agradeço o chá e nunca mais o vejo.
Saio do banco tenho os dois amigos de mohamend à nossa espera, não acredito nisto, mas esta gente não têm mais nada para fazer? passo em frente a uma loja e um grita portugal, portugal, luis figo, cristiano ronaldo, portugal? How do you know? I´m mohamend friend, não acredito, não acredito sigo cada vez mais rápido volto a ver os outros, perguntam-me se preciso de ajuda, que mohamend os mandou em caso de precisarmos, começo a perceber que esse mohamend é alguem com poder aqui em palmira, começo a achar que nas terras do deserto basta ter um camelo para se ser alguem, ter um camelo aqui é como ter um mercedes na europa. Não me interessa nada disso só quero que não me sigam. Sem assas não respiro. Veem sempre atrás até ao hotel, continuo a não acreditar nisto, sinto um alivio enorme ao entrar no quarto e só espero que nunca mais o veja.
Tomo um banho descanso um bocado não acredito no dia de hoje ainda não passou 24 horas que aqui estou e parece que toda a gente já me conheçe.
Já são quase oito da noite tenho que comer alguma coisa, tenho que sair do hotel, escolho um restaurante pequenino mesmo pertinho do hotel só espero não ver quem vi hoje o dia todo. Comemos duas sopas de lentilhas e farafel com arroz, trouxe o asus o restaurante têm WiFi, apanha do hotel que está ao lado, o jantar é bom os preços são optimos e uma hora depois vejo quem não queria pela janela do restaurante, ainda está lá fora mas já me viu, olha para o relógio, dá a entender que tinha alguma coisa combinada e falhei, uma palavra minha vale mais que uma assinatura e eu nunca disse que ia, ele é que fez planos para ele e incluiu-me, fala comigo pergunta-me porque não apareci, desde que horas é que estou ali e onde vou a seguir, sinto que sente quem têm poder sobre mim, nunca foi mal educado mas foi insistente o que vai dar ao mesmo a única coisa que tenho é pena de quem nestas terras nasce mulher, agora percebo porque andam todas mascaradas.
Está imenso frio na rua, mohamend espera na rua que eu saia para falar comigo e eu espero no restaurante para que ele não espere mais por mim porque não quero falar com ele, espera duas horas, ainda bem que trouxe o portátil, detesto isto, não lhe devia ter dado tanta conversa, começo a desejar ser um japones e chegar ao quarto ao final do dia com três mil fotos tiradas sem ter falado com nenhum local, mohamed espera duas horas por mim, vai embora volta, vai embora volta já passaram três horas e faz quinze minutos que não o vejo, os do restaurante começam a arrumar as cadeiras, tenho que sair, peço a conta e saio do restaurante pequenino mesmo pertinho do hotel. Nunca mais vejo mohamed.
Ultimo dia em Palmira
6 da manha
Quero ir no primeiro autocarro para damasco que é às 7 da manha, a estação é longe e ainda vou ter que apanhar um taxi, fico pronta em dez minutos hoje tenho pequeno almoço incluido, não está ninguem na recepção tenho que ring the bell para poder sair do hotel e matabichar.
Um, duas, três.... Lá vêm o recepcionista de pijama diz o o breakfast fica pronto em 5 minutos, são 6h35, autocarro as 7h00, demora mais que cinco minutos e chega com uma travessa enorme, hmm ao menos vale a pena penso eu, baixa a bandeja, percebo que o pequeno almoço que estive à espera são azeitonas com chá.
Boa. Peço para chamar o táxi, diz para primeiro comer que o taxi chega rápido, mas comer o que? azeitonas? bebo um chá e digo que estou pronta. O taxi leva imenso tempo a chegar, são 6h55 estou a ver que acordei às 6 da manha para perder o autocarro, o condutor anda a 10km/h vai a fumar e a beber chá, a estacão fica no meio de nada, ainda pára para encher o depósito, já começo a fazer contas às horas que chego a damasco a ir no segundo autocarro da manha. Lá chego à estação, fixe o autocarro está atrasado, pagamos 5€ cada.
O autocarro têm por cima do retrovisor um autocolante enorme que diz proibido fumar apesar de o motorista e o seu ajudante já terem fumado mais de um maço juntos durante a viagem de três horas, a paisagem é bonita durante todo o trajecto mas sempre igual, chego a damasco ás 10h30, dou uma volta pelo centro e rápido percebo que não quero ficar aqui a dormir, apanho um taxi para a estação que me leva até à Jordânia, ainda bem que não reservei hotel em damasco, sendo assim esta noite já durmo em amman.
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